quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

CARTA PARA UM IRMÃO QUE VAI NASCER

Não importam as feridas que me causou.
Sanadas estão há muito tempo.
E mesmo se outra viesse a se abrir,
sanada seria novamente.
Pois sempre acreditarei na sua benevolência
que se define como um botão de rosa adormecido.

Por mais revoltas repentinas que me fizera viver,
 sabia que um dia o botão se abriria e renasceria o seu coração de nascimento.
Aquele que convivi nos campos
avermelhados de cerejeiras.
Nas cavalgadas sem destino.
Nos concertos dos uirapurus.
Nas fogueiras que iluminavam nossas idéias.
Aquele coração que fora surrupiado por circunstâncias da vida mas que agora lhe é devolvido.

Após tanto acreditar em você,
 perdoá-lo inúmeras vezes,
 reconhece em mim o amor por ti
E finalmente o amor que tens por mim.

A paciência, a fé e principalmente o amor
estava em mim,
mas faltava em ti.
De prontidão
sem nunca te abandonar
varri o orgulho e o medo para debaixo
do tapete do ceticismo.
Com o coração em mãos
quando chegou a hora te entreguei,
e recebi de volta tão cedo,
pois um novo dia começa a cada manhã,
e uma nova rosa pode estar nascendo
da terra fertilizada com muita fé.

São incríveis as surpresas embrulhadas por laços de amor que Deus nos prepara todos os dias.

Acordamos e uma nova vida pode se iniciar.


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